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JUSTIÇA - Morte da jornalista Maria Nilce: relembre o crime marcante de 1989


Tido como um dos crimes de maior repercussão na história do ES, a jornalista foi assassinada com três tiros quando chegava com a filha em uma academia de Vitória.

Jornalista Maria Nilce foi morta em 1989 — Foto

A jornalista Maria Nilce foi assassinada a tiros em 5 de outubro de 1989, em Vitória.
Tido como um dos crimes de maior repercussão na história do Espírito Santo, a jornalista foi morta com três tiros quando chegava com a filha em uma academia na Praia do Canto. Maria deixou quatro filhos.

Investigação e motivação

A motivação do crime seria, conforme divulgado na época, o conteúdo das matérias que Maria Nilce escrevia no antigo "Jornal da Cidade", onde denunciava o tráfico de drogas e os envolvidos com esse crime.
O assassinato foi inicialmente investigado pela Polícia Civil e posteriormente transferido para a Polícia Federal.
Segundo a Polícia Federal, as investigações apontaram como mandante o empresário José Andreatta que teria contratado o ex-policial civil Romualdo Eustáquio Luz Faria, o "Japonês", e este, por sua vez, teria subcontratado dois pistoleiros para a execução, José Sasso e o ex-Policial Militar Cezar Narciso de Souza.
A dupla de executores teria fugido com o auxílio do piloto de avião Marcos Egydio Costa e do também policial civil Charles Roberto Lisboa, de acordo com a PF.
Ex-PM foi condenado a 19 anos por morte da jornalista
Suspeitos mortos e condenados
José Sasso morreu envenenado na cadeia e Marcos Egydio foi assassinado na Serra. Andreatta, Japonês, Lisboa e Narciso foram condenados, respectivamente, a 24, 15, 17 e 19 anos de prisão.
De todos eles, segundo a PF, o único que nunca havia cumprido pena até hoje era o ex-PM Cezar Narciso de Souza.
Procurado desde sua condenação definitiva, em 2018, Narciso foi preso nesta terça-feira (28), na Serra.
"Esta é uma prisão de grande importância, pois coloca atrás das grades um criminoso de alta periculosidade, que foi condenado por um crime bárbaro e que chocou a sociedade capixaba", divulgou a força-tarefa de segurança pública do ES, responsável pela prisão.