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EDUCAÇÃO - Cobrança de passaporte em Brinquedos infantis em festa Julina de escola pública gera polêmica em Vila Velha no ES



Caso traz à tona discussão de forma de cobrança indevida de taxas extras e vendas casadas a alunos de escola públicas

Alunos e pais denunciaram suposta cobrança indevida por utilização de Brinquedos infláveis em uma festa Julina que será realizada na próxima sexta - feira (08), na Umef Naydes Brandão no bairro da Glória em Vila Velha .

Alunos, professores e funcionários denunciaram, nesta semana, a suposta cobrança indevida em um passaporte para utilização de Brinquedos infantis na festa Julina da escola pública Umef Naydes Brandão .

O anuncio informando da cobrança do passaporte individual para cada aluno, foi feito pela própria direção da Umef Naydes Brandão através de Banner e vídeo ,distribuído em grupos de WhatsApps de Pais de alunos .

O anuncio provocou a reação dos Pais e a discussão da forma de cobrança indevida e abusivas de taxas extras para alunos de escolas públicas .

O JGVT recebeu a denúncia de uma escola pública Municipal de Vila Velha que supostamente cobraria R$ 30,00 (trinta Reais) por alunos que quisessem utilizar os brinquedos na compra do Passaporte da Alegria  .


De acordo com os Pais e estudantes, a diretora do colégio mandou umas mensagens em uns grupos do colégio em vários aplicativos de mensagens informando sobre a instalação dos equipamentos e cobrança do Passaporte no R$ 30,00 (trinta Reais).

Em entrevista a Diretora da Umef Naydes Brandão ,Adriana Coelho dos Reis a mesma relatou ao JGVV , que os brinquedos não foram locados pela UMEF Naydes Brandão , que se trata de um Parque de Brinquedos infantis para Festas e Eventos que fará a montagem  dos equipamentos do lado de fora da escola, mais confirmou que os passaportes com cobrança de R$ 30,00 (trinta Reais) foram enviados aos Pais pela Direção da UMEF Naydes Brandão .


Pais reclamam que não foram consultados

Pais de estudantes reclamam que não foram consultados sobre a decisão da escola de autorizar a instalação de brinquedos infantis pagos na festa Julina .“A menina chegou falando ontem [ terça-feira (05)] que era para a gente levar o dinheiro na sexta poucos pais se dão conta é a tal da venda casada que a maioria das escolas pratica, a saber pois bem, com esta transação comercial , muitas escolas chegam a ganhar até 30% do valor dos pacotes que são vendidos para os pais" ; contou a mãe de uma aluna do Ensino Fundamental.


Conselhos Escolares

As famílias podem se envolver ativamente nas decisões tomadas pelas escolas dos seus filhos. Candidatar-se a uma vaga no conselho escolar é uma boa maneira de acompanhar e auxiliar o trabalho dos gestores escolares.

Os conselhos escolares são constituídos por pais, representantes de alunos, professores, funcionários, membros da comunidade e diretores de escola. Cada escola deve estabelecer regras transparentes e democráticas de eleição dos membros do conselho.

Cabe ao conselho zelar pela manutenção da escola e monitorar as ações dos dirigentes escolares a fim de assegurar a qualidade do ensino. Eles têm funções deliberativas, consultivas e mobilizadoras, fundamentais para a gestão democrática das escolas públicas.

Entre as atividades dos conselheiros estão, por exemplo, fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à escola e discutir o projeto pedagógico com a direção e os professores.

Foto : Vereador Romulo Lacerda Presidente Comissão Permanente de Educação de Vila Velha 

O Vereador , Romulo Lacerda Presidente da Comissão Permanente da Comissão de Educação de Vila Velha , repudiou a prática e afirmou que cobrança de alunos é proibida mesmo que direta ou indireta pela unidade de ensino .

“O secretário [da Educação, Rodrigo de Souza Simões Nunes] orienta a rede para que este procedimento não seja adotado , seja com boa-fé, seja de má-fé e, em caso de má-fé, haverá punição.” Iremos investigar a denuncia e suspender a atividade de brinquedos infantil feita por cobrança ao redor do evento .


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Parques precisam se atentar a manutenção dos brinquedos e segurança dos frequentadores

Os serviços de montagem e manutenção de brinquedos eletromecânicos infantis em festas de diversão, assim como os laudos de segurança, necessários para o funcionamento dos parques, devem ser realizados por profissional devidamente habilitado, com a responsabilidade técnica registrada no Conselho de sua região. Isso é válido para parque fechados e abertos, itinerantes ou não.

Entramos em contato com órgãos como o Corpo de Bombeiros, Prefeitura Municipal de Vila Velha, ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) para nos esclarecerem como é garantida a segurança aos usuários de brinquedos de parquinhos (como balanços e gangorras).

Comuns na vida de quem possuí filho, ou convive rotineiramente com crianças, os “parquinhos” de estabelecimentos não possuem leis específicas nem normas obrigatórias que certificam a segurança durante o uso.

Como é feita a fiscalização desses parquinhos?

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os locais que dispõem de parquinhos ao ar livre podem sim possuir alvará de funcionamento, expedido pela prefeitura, e ainda assim não estar em dia com o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), que apesar de atestar a obrigatoriedade de saídas de incêndio e extintores, não garante a fiscalização por exemplo, desses brinquedos.

Ou seja, por mais que um local possua um brinquedo danificado, isso não necessariamente acarretará no fechamento do estabelecimento por irregularidade.

A Abrinq informou que todos os brinquedos comercializados no Brasil são passíveis de certificação compulsória pelo INMETRO, o que significa garantia de segurança e autorização para uso, com base na Portaria 563/2016 e na 321/2009 onde por sua vez cabem à Norma Mercosul – NM 300, o que concede ao brinquedo o selo do INMETRO de conformidade.

Ainda, em caso de parquinhos (públicos ou privados) a certificação é voluntária, ou seja, não existe Portaria INMETRO que faça cumprir a norma NBR ABNT 16071, que é específica para estes tipos de brinquedos.

Geralmente, a garantia cabe ao fabricante do brinquedo, por isso não necessariamente existe a fiscalização por parte da prefeitura em parquinhos particulares, deixando a responsabilidade de seguir as normas somente para o estabelecimento.

A prefeitura de Vila Velha foi procurada, mas não respondeu até o fechamento da reportagem.


                                                  Foto : Adriana Coelho dos Reis Diretora Umef Naydes Brandao