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Medo e insegurança tomaram conta de ruas de Itapuã e Praia da Costa

Moradores e comerciantes de ruas próximas ao Centro de Vila Velha, reclamam do crescimento e surgimento de cracolândias.
Com o aumento da população de rua pela cidade, cresce também o número de usuários de drogas e, consequentemente, aumenta a insegurança.

Foto : Barracas de usuário do crack próximo ao Terminal de Vila Velha (TVV)


Essa não é a primeira vez que o Município de Vila Velha recebe reclamações como essa. Em Julho de 2021, há quase um ano, o Jornal Grande Vitória mapeou locais que registravam um número elevado de usuários de drogas que migraram para o município. Um desses pontos foi próximo ao Terminal de Vila Velha , no Centro, que já foi considerada uma rua de moradias de alto padrão, chegando a ser apelidada de 'Rua dos 'cracudos' '. A via hoje é tomada por usuários de drogas em toda sua extensão.


Mas o que mais preocupa os moradores e comerciantes é a expansão desses pontos. Nas últimas semanas, um grupo de pessoas em situação de rua passou a ocupar a alça da Terceira ponte em Vila Velha . Segundo moradores, eles ocupam a via dia e noite para fazer uso de drogas.
A situação ainda piora quando os moradores pedem ajuda e não conseguem auxílio dos órgãos públicos. "Ligamos para a Polícia Militar e eles falam que é com a Prefeitura de Vila Velha, já a Prefeitura diz que é com a Polícia e ficamos nessa situação, com medo", afirmou Antônio Soares o Presidente da Associação dos Moradores de Itapuã .




Consequências do uso do crack para a saúde

Intoxicação pelo metal

O usuário aquece a lata de refrigerante para inalar o crack. Além do vapor da droga, ele aspira o alumínio, que se desprende com facilidade da lata aquecida. O metal se espalha pela corrente sanguínea e provoca danos ao cérebro, aos pulmões, rins e ossos.
Fome e sono
O organismo passa a funcionar em função da droga. O dependente quase não come ou dorme. Ocorre um processo rápido de emagrecimento. Os casos de desnutrição são comuns. A dependência também se reflete em ausência de hábitos básicos de higiene e cuidados com a aparência.
Pulmões
A fumaça do crack gera lesão nos pulmões, levando a disfunções. Como já há um processo de emagrecimento, os dependentes ficam vulneráveis a doenças como pneumonia e tuberculose. Também há evidências de que o crack causa problemas respiratórios agudos, incluindo tosse, falta de ar e dores fortes no peito
Coração
A liberação de dopamina faz o usuário de crack ficar mais agitado, o que leva a aumento da presença de adrenalina no organismo. A consequência é o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Problemas cardiovasculares, como infarto, podem ocorrer.
Ossos e músculos
O uso crônico da droga pode levar à degeneração irreversível dos músculos esqueléticos, chamada rabdomiólise.
Sistema neurológico
Oscilações de humor: o crack provoca lesões no cérebro, causando perda de função de neurônios. Isso resulta em deficiências de memória e de concentração, oscilações de humor, baixo limite para frustração e dificuldade de ter relacionamentos afetivos. O tratamento permite reverter parte dos danos, mas às vezes o quadro é irreversível.
Prejuízo cognitivo
O prejuízo cognitivo pode ser grave e rápido. Há casos de pacientes com seis meses de dependência que apresentavam QI equivalente a 100, dentro da média. Num teste refeito um ano depois, o QI havia baixado para 80.
Doenças psiquiátricas
Em razão da ação no cérebro, quadros psiquiátricos mais graves também podem ocorrer, com psicoses, paranoia, alucinações e delírios.
Sexo
O desejo sexual diminui. Os homens têm dificuldade para conseguir ereção. Há pesquisas que associam o uso do crack à maior suscetibilidade a doenças sexualmente transmissíveis, em razão do comportamento promíscuo que os usuários adotam.
Morte
Pacientes podem morrer de doenças cardiovasculares (derrame e infarto) e relacionadas ao enfraquecimento do organismo (tuberculose). A causa mais comum de óbito é a exposição à violência e a situações de perigo, por causa do envolvimento com traficantes, por exemplo.



PREFEITURA






A Secretária de Assistência Social de Vila Velha Leticia Goldner foi procurada pelo Telefone: 27 99614-1639 . O Prefeito de Vila Velha Arnaldinho Borgo que ocupou o cargo de secretário de Ação social na gestão do ex - Prefeito de Vila Velha — Rodney Rocha Miranda também foi procurado pela reportagem, mas, até as 11h37 desta terça-feira, ambos não atenderam às ligações.






Da / redação JGVV